Resumo da Ocorrência: Missão Mariana –MG (2015/2016)
- Douglas Sant' Anna
- Dec 26, 2015
- 2 min read
Updated: May 2, 2019
No dia 05 de novembro de 2015, com o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, que liberou o equivalente a quase 25 mil piscinas olímpicas de mistura de resíduos de minério de ferro, água e lama na região, deixando um rastro de destruição e causando prejuízos até o litoral do Estado do Espírito Santo.
Logo após o ocorrido, a Prefeitura de Mariana iniciou o processo de recebimento, triagem e liberação de donativos vindos de todos os cantos do país, em um centro de captação de donativos.
Este desastre atingiu somente na cidade de Mariana 1.342 pessoas, oriundas dos distritos de Águas Claras, Paracatu, Ponte do Gama, Pedras, Camargo, Campinas, Santa Rita Durão, Monsenhor Horta e - o mais atingido - Bento Rodrigues, que tornou-se a referência deste desastre tecnológico/ambiental.
Conforme a lama avançava, gerava inúmeros danos e vítimas, de forma direta ou indireta, afetando municípios do estado de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Com a divulgação do ocorrido em Mariana nas mídias, criou-se uma comoção em todo o país resultando em um grande volume de doações, culminando em quatro armazéns, segundo análise prévia, em mais de 200 toneladas de roupas, 231.945 quilos de alimentos e 422.320,30 litros de água mineral para atender às vítimas deste desastre.
Devido ao grande volume de doações, pode-se contribuir em outros municípios atingidos como: Barra Longa, Aimorés, Coronel Fabriciano e Governador Valadares, além da disponibilização de recursos para a Defesa Civil do Estado do Espírito Santo, por contato telefônico.
Somente para Governador Valadares enviamos mais de 62 toneladas de carga variada com água, alimentos, materiais de limpeza e higiene. Outras doações foram feitas aos municípios atingidos de forma indireta, através de redirecionamento de carga.
A metodologia de trabalho implantada na segunda-feira, dia 9 de novembro de 2015, possibilitou o atendimento das famílias atingidas em um processo onde - somente no Centro de Convenções de Mariana - diariamente mais de 120 pessoas com demandas de roupas, calçados, alimentos, materiais de limpeza e higiene, entre outros. O atendimento às vítimas respeitava diferentes perfis de moradias temporárias (demanda especificas): as que permaneceram em sua moradia nas áreas afetadas, as que foram para casas de parentes e as - que representam a maior número- que foram deslocadas para hotéis; sendo, neste caso, em especial, além de terem disponíveis os donativos, também recebiam 03 refeições por dia, fornecidas pela Samarco (café da manhã, almoço e jantar) devido às limitações que o local proporcionava.
E para esta engrenagem poder se movimentar, contamos com o apoio de profissionais da Prefeitura de Mariana, Samarco e voluntários (uma média de 180 voluntários por dia na primeira semana, diminuindo ao longo dos dias passando para a segunda semana para 130 e nas ultimas semana o número médio era de 100 voluntários por dia).
Os trabalhos do Centro de Convenções foram realizados até o dia 29 de janeiro de 2016, passando o pouco de recursos restantes ao armazém da DEVA, onde havia uma estrutura montada para a estocagem de roupas e calçados, além de equipes de triagem, em uma metodologia e administração exclusivamente gerida pela Secretária de Assistência Social de Mariana/MG.
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