Abre alas para o bloco da Defesa Civil.
- Douglas Sant' Anna
- 25 de fev. de 2020
- 2 min de leitura
O Carnaval é uma das festividades mais relevantes economicamente, movimentando diversos setores, principalmente, relacionados a cadeia turística, influenciando positivamente no cenário nacional durante todo o ano. É considerado uma das maiores festas populares do Brasil e movimenta milhões de foliões nas ruas, dos principais destinos carnavalescos.
A grande aglomeração de foliões exige, normalmente, um planejamento estruturado para a garantia de segurança que vai além dos fechamentos de vias, policiamento, pontos de hidratação, limpeza urbana, aumento de transporte público, mas também um preparo para situações causadas por fenômenos naturais através da criação de um plano de contingência especifico. Os eventos exigem a atuação do sistema de Proteção e Defesa Civil, ainda mais no caso onde venham se concretizar previsões como as divulgadas para as festividades em capitais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, ou mesmo as precauções na propagação de doenças como o Coronavírus.
A defesa civil não fica de fora do planejamento das grandes festividades, compreendendo que um dos seus papeis está ligado nas atividades projetadas para minimizar os efeitos de situações que coloquem em risco a população, lidando com condições de emergência e restaurando rapidamente serviços vitais de forma a garantir a ordem social. O Plano de Contingência do Carnaval é uma ferramenta direcionada para a atuação conjunta dos órgãos integrantes do sistema de Proteção e Defesa Civil durante megaeventos (neste caso o Carnaval, mas podendo ser desenvolvido para quaisquer outras festividades).
Entretanto, os riscos deste ano foram ampliados com a probabilidade de ocorrência de fortes chuvas (como as já sentidas dias antes em boa parte das principais capitais) que agora seriam somadas com outros fatores como o aumento de turistas (que nem sempre conhecem os riscos locais e vulnerabilidades) que poderiam trazer ainda mais transtornos. Para Belo Horizonte havia previsão de fortes chuvas com mais de 100mm e rajadas de ventos que poderiam ultrapassar 50km/h, exigindo atenção redobrada pelas autoridades e um planejamento muito bem estruturado para garantir que nada saísse do controle e assim colocar em risco a população.
A construção do plano deve levar em consideração fatores além dos considerados para o período de chuvas tradicionais, incluindo o aumento de população - que influencia o desenvolvimento de medidas de evacuação que, caso não seja bem desenvolvido, poderá desencadear pânico e aumentar o risco de fuga em massa, com pisoteamento. Lembrando que a vulnerabilidade poderá ser potencializada devido ao aumento do consumo de álcool, e até mesmo, de substâncias entorpecentes.
Sabemos que o Carnaval representa o maior evento de manifestação popular espontânea do mundo, envolvendo milhões de pessoas durante os dias de folia, em grandes aglomerações em locais abertos ou fechados como: clubes, boates, casas de festas, ginásios, entre outros caracterizando como áreas potenciais de risco, por apresentarem múltiplas ameaças. Para isto, os Órgãos devem estar preparados para atuar quando necessário, executando ações coordenadas, de forma a solucionar qualquer situação de anormalidade que venha ocorrer no evento e que possa colocar em risco a segurança dos foliões, trazendo para a rua o “bloco da Defesa Civil” para garantir que a festa seja apenas alegria e diversão, sem que se torne um desastre.
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