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SOBRE O TERREMOTO NA TURQUIA E SÍRIA

No último dia 06 de fevereiro ocorreu um terremoto de magnitude 7,8 (em uma escala que vai até 10), durando apenas um minuto e meio, com alcance de um raio de 250 quilômetros a partir do epicentro a 10 quilômetros da superfície, no povoado de Kaharamanmaras, sudeste da Turquia, próximo da fronteira com a Síria. Este fenômeno pode ser sentido em países como Israel, Iraque, Chipre e Líbano, gerando ainda cerca de mais 1.500 réplicas de menor magnitude.

Apesar da devastação causada por este terremoto, ele foi considerado o sétimo desastre natural mais mortal do século, superado pelo terremoto de magnitude 9,0 e o tsunami que impactou o Japão em 2011, e temos ainda terremotos de maiores magnitudes como o de magnitude 9,5 que atingiu o Chile em 1960, do Alasca de magnitude 9,2 em 1964, em Sumatra (Indonésia) de magnitude 9,1 em 2004 e nem Kamchatka (Rússia) de magnitude 9,0 em 1952.

Os números mostram sua dimensão devastadora, ultrapassando o número de 28 mil mortos (na Turquia são 24.617 e na Síria 3.500) que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode aumentar significativamente devido aos prédios danificados, com iminência de cair, podendo chegar ao número de 40 mil mortos. Além das vítimas fatais, segundo os governos locais, cerca de 80 mil estão recebendo atendimentos hospitalares, 70 mil feridos e 1,5 milhões estão desabrigados.

Números que mostram nossa vulnerabilidade frente aos fenômenos, seja como este terremoto, e posteriormente o frio, mas também a chuva com inundação e deslizamentos que atingem anualmente a população brasileira em quase todas regiões, ou tornados e furacões como os que atingem países caribenhos, Estados Unidos, dentre outros, muitas vezes ocorrendo simultaneamente e/ou sem um tempo de recuperação entre um e outro.

A OMS calcula que 23 milhões de pessoas estejam “potencialmente expostas”, sendo 5 milhões em situação de vulnerabilidade a partir dos terremotos. Entretanto, quando falamos deste fenômeno nos remetemos às medidas empregadas nos mega edifícios e medidas de segurança como os regulamentos Turcos anti-sísmicos,ambos com o objetivo de proporcionar maior segurança. Infelizmente, o acesso restrito às medidas de redução de risco é limitada a um número restrito da população mundial. Prova disso são os processos judiciais iniciados pela Justiça da Turquia contra mais de 130 pessoas que, supostamente, participaram de comercialização e/ou construções com má qualidade e de forma ilegal, já levaram a prisão 10 pessoas.

Na Síria, muitos dados ainda não foram computados pela falta de estrutura em meio ao caos que não tem o terremoto como fator único, pois o país ainda tem que lidar com o conflito armado que o atinge há décadas. Apesar da gravidade da situação, diz-se que turcos e curdos sírios não cumpriram o cessar fogo, a chamada "bandeira branca", e que a tragédia humanitária pode ser utilizada como arma na disputa por território, o que vem impactando negativamente no envio de ajuda, afinal, muitas áreas afetadas estão sob ocupação turca e controle de grupos islâmicos mercenários.


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