Nos últimos dias diversas cidades foram atingidas por fortes chuvas, resultando em ocorrências com deslizamentos, escorregamentos, alagamentos, inundações, que exigiram ações rápidas e eficientes frente aos problemas. Munidos da previsão de um evento ou fenômeno é momento de todos ficarem alertas para entrar em ação caso seja necessário. Se confirmado o risco, os gestores iniciam as ações para colocar em prática as atividades pré definidas (Plano de Contingência) para a mitigação dos danos.
Em meio ao caos, se inicia a execução de procedimentos descritos no referido documento, onde estão definidas as responsabilidades estabelecidas para o desenvolvimento das ações para atender as emergências, além de informações detalhadas sobre as características das áreas e da operação a ser executada. Este material será como um roteiro, com a função clara de organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas, além de se tratar de um recurso, que normalmente, fora treinado junto a todos os atores.
Neste momento, o posto de comando começa a tomar forma: com integração do corpo de profissionais, definição dos locais a serem utilizados e recursos empregados. Importante ressaltar que o Plano de Contingência não é uma “receita de bolo”, poderá haver situações que necessitarão dos conhecimentos técnicos dos profissionais envolvidos para que tenha êxito e, dependendo da ocorrência, influenciar algumas ações previamente descritas. Como todo o processo é dinâmico, enquanto o posto está sendo implantado, outras frentes se mobilizam: resgate, estruturação de abrigos, evacuação entre outros, realizados por equipes setoriais, intersetoriais e/ou com integração de diversos outros órgãos internos e externos, governamentais e não governamentais.
O processo operacional ocorre através da atuação das equipes: de resgate ocupam-se das vidas em risco, as de transporte movimentam materiais e pessoas nas evacuações e estruturação, de desobstrução se mobiliza nas remoções de obstáculos e liberação de vias, de abrigamento organiza a montagem dos centros que receberão as vítimas, equipes de transito na organização das vias, de segurança na garantia da lei e vigilância, de logística implantando o processo de gestão de donativos e suprimentos das vítimas e equipes, as equipes de higienização realiza a desinfeção e limpeza dos locais contaminados, as de de limpeza urbana se empenha em efetuar a coleta e limpeza dos entulhos, e de apoio corroborando em todas as ações e demais envolvidos. Todos imbuídos num só objetivos, ora dando ordens, ora cumprindo as atividades de responsabilidade de cada profissional, respeitando procedimentos, legislações. Não raro, tudo isso ocorre debaixo de chuva ou num calor intenso, presos nas enchentes ou no barro, com falta de luminosidade, em meio à confusão causada pelo caos e tantos outros percalços. Entretanto, certamente, todas as dificuldades sempre serão superadas em prol do cumprimento da missão de cada um.
Os atingidos abalados após perdas, que serão evacuados e abrigados em locais seguros, sejam por pouco ou logo tempo, até retornarem aos seus lares ou para que sejam viabilizadas novas moradias, de forma a suprir recursos mínimos de segurança, dignidade e respeito, sendo atendidas suas necessidades básicas para minimizar esta dor e sofrimento, acolhendo-os.
Portanto, em meio ao caos, um exército entra em ação para aliviar os impactos. O empenho e dedicação dos envolvidos, mesmo sob pressão e inúmeras dificuldades, devem se manter firmes por um proposito único. Os resultados serão positivos a partir da integração e foco, despindo-se de toda arrogância ou interesses escusos, em
prol do bem maior.
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