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Coronavírus – Entre valores.

O mundo está frente a uma situação que influencia milhares de vidas, trazendo reflexões e exigindo mudanças, com impactos a curto, médio e longo prazo, além de afetar, simultaneamente, diversos setores da sociedade.

Em nossa história tivemos a trágica “gripe espanhola” que nos traz algumas similaridades com a atual pandemia, com sintomas de febre, dor no corpo, coriza, tosse (na maioria dos casos) e nos casos mais graves apresentava problemas respiratórios. Também se espalhou rapidamente, atingindo números catastróficos (inclusive com relatos que apontam que lugares que desrespeitaram indicações de especialistas de evitar aglomerações, tiveram um maior número de contaminados). Naquela época, assim como hoje, não havia medicamentos e vacinas para combater o vírus, sendo utilizado o distanciamento social como uma tática para a redução da mortalidade e na mitigação dos impactos econômicos.

Atualmente, o isolamento social tornou-se ponto de discussão por ter reflexos na economia e no sistema de desabastecimento, tendo como ponto chave a cadeia de suprimento e logística. Muitos questionam a possibilidade de ausência de mão de obra em toda cadeia e falta de giro de capital por aquisição (compra), gerando assim, a falência de empresas. A preocupação foi reforçada com o fechamento das fronteiras, dando a ideia de isolamento das nações e trazendo a insegurança do comercio internacional, com indagações acerca das restrições na exportação. Entretanto, as previsões não foram confirmadas até o momento, visto que a maior dificuldade está ligada a falta de contêineres para transporte de cargas (pois encontram-se parados em países Asiáticos) devido à redução de saída de navios e não por bloqueio total das nações.

Todavia, o fechamento de fronteiras só se popularizou a partir do relato de pessoas presas em países assolados pelo vírus, com dificuldades de retorno à sua pátria, devido a complexidade da operação que envolveria legislação própria para o caso, translado, sistema de segurança e processo de quarentena.

O pânico gerado pela identificação do problema como pandemia, levou famílias a compra de recursos para estocagem afim de garantir o suprimento em meio a possibilidade de desabastecimento. Este fato acabou influenciando a cadeia devido ao aumento de demanda frente a produção e transporte, gerando impacto em valores. Houve então, a necessidade de implantação de medidas de controle de preços e quantidades no ato da venda, ainda que não houvesse desabastecimento pela crise, mas em consequência do pânico.

Na verdade, os impactos relacionados ao isolamento terão suas consequências em diversos setores sociais. Entretanto o mecanismo será imprescindível para a definição do tempo de duração da pandemia evitando perda mão de obra e clientes, seja temporariamente (doença ou luto) ou definitivamente (morte). Cientes disso, muitos empresários adotaram medidas para redução dos impactos sociais através de doações financeiras, de recursos ou serviços, suprindo demandas na área da saúde ou viabilizando ações governamentais em prol da população.

A sociedade foi forçada a se isolar em uma autoanálise e externar maneiras para sobreviver em meio ao combate. Sua essência tem sido evidenciada por ações que visam interesse particular através do sacrifício alheio ou o próprio sacrifício em prol do próximo. Podemos notar empresários que ameaçam demitir os funcionários que insistirem no isolamento, por outro lado, há aqueles que mudaram sua produção padrão para fabricar recursos para doação (produtos, equipamentos) ou mesmo valores na tentativa de amenizar os impactos na sociedade. Restando apenas uma dúvida: se ambos estão no mesmo risco econômico, então o que os diferem?

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