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Coronavírus – A guerra de escolhas.

A pandemia mundial do COVID-19 é um inimigo invisível que está provocando uma luta contra o tempo gerando danos a um sistema que vai além da Saúde. O vírus se espalha rapidamente por todo mundo, forçando países a fechar suas fronteiras e impondo isolamento às cidades e Estados, restringindo as operações das empresas (varejistas fechando portas), exigindo adaptações das leis, criando protocolos que tem como referencias experiências que deram certo (ou mesmo as que deram errado) e o setor de entretenimento entrando em uma hibernação.

São muitos os problemas gerados pela pandemia, tendo como urgência primária a preservação da vida, mesmo sabendo que o efeito será em cadeia de forma a afetar outros setores que, consequentemente, implicarão na vida dos que conseguirem superar a doença. A velocidade de propagação cria uma demanda médico-hospitalar, principalmente de UTIs com respiradores, que poderá ser maior que a capacidade atual criando um colapso no sistema de saúde. Lembrando, que em meio a essa situação, os problemas não cessam, permanecendo o aumento de casos de dengues, cidades afetadas por chuvas, acidentes veiculares, doenças crônicas e outros atendimentos.

A falta de vacina ou remédio voltado para o COVID-19 faz com que as medidas mais eficazes para a redução da propagação, sejam a higiene individual e o isolamento social, adotados por cidades, estado e países. Mas esta modalidade tem gerado aprovações e reprovações, pois a medida reduz a mobilidade das pessoas, afeta a mão de obra, podendo inclusive, gerar a demissão de muitos destes profissionais quando a empresa entende que o processo não pode parar ou, não sendo possível ser feito de forma remota. Com isso, estamos frente a duas novas situações que agregam problemáticas a pandemia: o problema econômico em cadeia e o problema social gerado pelo desemprego.

Como reflexão, por um lado há os que defendem que, ainda que com prejuízo, o empreendedor ao deixar seu funcionário em domicilio para garantia de sua segurança, esteja corroborando para a redução da propagação e contribuindo para diminuir o tempo do estágio de contaminação; Por outro lado, temos a posição de alguns que apontam que devemos continuar trabalhando e produzindo, mesmo para uma clientela reduzida devido ao medo, além de aumentar a probabilidade de contagio do vírus. Nesse caso, há ainda a iminência de contaminação de sua mão de obra que, caso venha a adoecer se ausentará, demandando cuidados, medicamentos e até a ocupação de leitos médicos em caso mais graves e assim ampliando o tempo de propagação e estendendo ainda mais o tempo do retorno da normalidade.

A logística assume novamente um papel primordial neste processo, de forma a garantir os suprimentos da população em isolamento, dos profissionais em atividade, fazendo com que não haja desabastecimento, se tornando um mecanismo essencial neste sistema emergencial. Inclusive, o isolamento social da população contribuirá na liberação de vias para redução do tempo de deslocamento, do risco de contaminação por contato destes profissionais, além de diminuição na utilização de EPIs direcionando aos profissionais da linha de frente dos atendimentos e dará folego para os produtores.

Portanto, temos que lidar como uma guerra onde temos aqueles que escolhem lutar o combate de forma a garantir a segurança, saúde, suprimentos e o funcionamento social, ainda que colocando sua própria vida em risco (e de seus entes queridos), de outro lado a população vulnerável que nem sempre tem a escolha, restando apenas ou ficar em casa para proteger-se correndo o risco de ficar sem renda ou ter renda com o risco de pagar com sua saúde. É no meio da tempestade que vemos a importância de nossas escolhas e o quanto elas podem influenciar nas vidas que nos cercam.

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