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DEFESA CIVIL SOMOS TODOS NÓS!

Após a tragédia da região serrana do Rio de Janeiro em 2011, foi lançado o Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desasastes Naturais brasileiro. Prevendo investimentos e com objetivo de garantir segurança à população vulnerável a desastres através de medidas de prevenção, mapeamento, monitoramento e alerta, resposta, dentre tantas outras.

Infelizmente não ocorreu como previsto. Houve redução de investimento em prevenção e monitoramento em todo país, impactando diretamente na vida de milhares de brasileiros atingidos por desastres causados por inundações, deslizamentos, enxurradas, entre outros de origem natural. Também notamos que o mesmo critério de investimento e preparação ocorre nos casos de desastres tecnológicos como os rompimentos de barragens devido ao despreparo em prevenção, preparação e capacitação da população vulnerável.

A falta de estruturação esbarra diretamente nas políticas públicas onde também ocorrem há falta de recursos e profissionalização das defesas civis, principalmente nas municipais onde a estrutura de gestão de riscos e respostas a desastres é muito precária. Em diversos municípios brasileiros não há qualquer eficiência para atuar na prevenção, resposta e recuperação, devido à dificuldade técnica até para fazer o registro de desastres no sistema federal. Desta forma as cidades pequenas criam uma dependência das Defesas Civis Estaduais.

Sabemos que a mudança climática e o avanço de empreendimentos que geram riscos a sociedade aumentam a probabilidade de novos desastres, exigindo cada vez mais a preparação e a capacidade de responder a esses eventos. Como exemplos positivos temos a forma com que o Japão lida com a prevenção em seu país tornando o aprendizado algo comum, com os treinamentos começando na escola.

Os japoneses atualmente possuem um dos sistemas mais avançados de defesa civil e uma moderna tecnologia que reforça a estrutura de construções, mas ainda dedica de forma maciça a frequência e os treinamentos de sua população. Inclusive o governo de Tóquio criou um manual de sobrevivência em caso de terremotos, ao qual todos cidadãos têm acesso e nele contém informações de procedimentos que devem ser adotados em casa, no trabalho, na rua e em transportes públicos, além de sugestão de elaboração de um kit de sobrevivência (Este modelo é adotado também pelo Itamaraty em página que traz informações para viajantes que irão a locais com alto risco de desastre).

Com a rapidez que ocorre a tragédia, o preparo da sociedade poderá ser o fator crucial para a preservação de vidas e a redução dos impactos, pois a maioria dos sobreviventes de desastres está relacionado ao preparo e não a coragem. As chances de uma pessoa se ver em uma situação catastrófica são muito pequenas, mas é importantíssimo criar meios onde elas possam imaginar como agir e o que fariam em um caso real através de atividades, treinamentos, simulados, exercícios colocando em prática o plano de contingência, de forma natural e evolutiva, integrando a sociedade civil, os órgão governamentais e não governamentais, preferencialmente em um estado de normalidade, assim reduzindo o pânico e gerando a cultura da prevenção.

Com isso podemos concluir que seu preparo e de longa e contínua duração, trazendo a população para integrar as medidas de preparação em vez de aguardar ações que muitas vezes são realizadas apenas em um grau de risco muito elevado ou somente em ocorrências de resposta. Este modelo mostra de forma muito clara que as medidas de integração dos órgãos de defesa e a sociedade devem caminhar juntos e não apenas investir em recursos tecnológicos para substituir a preparação e capacitação de todos, pois devemos colocar em pratica e efetiva o dizer: “DEFESA CIVIL SOMOS TODOS NÓS”.

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