top of page
Foto do escritorDouglas Sant' Anna

Redes Sociais e Apps em desastres?

Acontecem fenômenos naturais em diversas partes do mundo, a todo momento, sendo alguns imperceptíveis e outros avassaladores, como tsunamis, furacões e terremotos, podendo ou não se tornarem desastres, ceifando vidas em questão de minutos. Sabendo disso, muitas pessoas indagam se existem tecnologias capazes de prever estes fenômenos a tempo de se protegerem evitando mortes, destruição e as inúmeras consequências do pós desastre.

Nesse aspecto, é de grande valia a informação de que as redes sociais podem ser utilizadas como informativos de ocorrências, situação de pessoas e ainda servir como base de pesquisas na prevenção. Como exemplo, podemos citar o Facebook, que tem um campo voltado para “Check-in de segurança” onde permite que seus usuários informem rapidamente aos amigos e à família que estão seguros durante uma situação de crise e ajuda a se conectarem com aqueles quem achar necessário e/ou importantes. Além disto, esta rede social também foi utilizada como ferramenta para um estudo desenvolvido na Inglaterra que se baseou em postagens relativas a fenômenos para detectar riscos e previsão de desastres.

Com a mudança do foco nos estudos de desastres que antes era direcionado apenas para a resposta e agora tem como objetivo principal a prevenção a partir de análises de ocorrências, empresas como a IBM e Fundação Linux começaram a investir neste mercado, realizando chamado anual de desenvolvedores de sistemas para criarem aplicativos que possam salvar vidas e reduzir perdas ambientais e econômicas diante de eventos extremos. Em 2018 o vencedor do Call for Code ganhou o prêmio de US$ 200 mil, com o projeto OWL (Organization, Whereabouts, and Logistics) desenvolvido com o propósito de comunicação off-line que fornece a socorristas uma interface simples para gerenciar todos os aspectos de um desastre.

No Estado Catarinense também ocorreram investimentos no seguimento que incluiu o site AlertaBlu, onde profissionais transformam informações meteorológicas em alertas para quem mora em áreas de alagamento ou de deslizamentos. Como este, temos também o Disaster Alert, disponibilizado pelo Pacific Disaster Center, do Havaí, criado para avisar sobre furacões, queimadas, tsunamis, tempestades, enchentes, terremotos e outros desastres naturais, permitindo que os usuários localizem no mapa as áreas com possíveis incidências.

A empresa Google dispõe do dispositivo Maps que traz informações básicas de como proceder, o que está acontecendo e como permanecer seguro, além de apontar possíveis rotas seguras. Google também tem o APP de localização de confiança que permite compartilhar a localização com contatos pré definidos em tempo real ou quando solicitado automaticamente, mesmo off-line ou sem bateria.

No caso da Barragem em Barão de Cocais (interior de Minas Gerais) após a elevação do risco para um possível rompimento, foi incluído pelo Google, no mapa da cidade, a mancha da lama para auxiliar na evacuação, apontando os pontos em potencial risco.

A utilização de programas informatizados voltados para prevenção, resposta e auxilio em caso de desastres por Instituições Governamentais é comum em Países como os Estados Unidos, que através da FEMA (Federal Emergency Management Agency) criou um aplicativo onde apresenta informações sobre abrigos, serviços e onde buscar ajuda. No Brasil, assim como em mais de 20 países, é comum utilizar o sistema de envio de SMS para alerta de desastres.

Além destes recursos, encontraremos dezenas de outros tão funcionais quanto, pois a inovação tecnológica tem se tornado parte de nosso cotidiano. Deste modo, as instituições Governamentais e privadas devem investir cada vez mais em tecnologia considerado que estes recursos são imprescindíveis e farão toda diferença no combate de perdas humanas, ambientais e econômicas, sendo instrumento fundamental na ajuda de afetados, empresas e equipes de resgate e apoio em casos de desastres, devendo manter como único propósito: minimizar impactos e preservar vidas.

81 visualizações1 comentário

Posts recentes

Ver tudo

1 comentario


Essas ferramentas precisam ser muito bem divulgadas nos períodos de normalidade. Há de se perceber e aproveitar os eventos com potencial para a "promoção" destas para tornarem-se conhecidas. Assim, quem sabe, poderemos ter tantos acessos e participações na normalidade que, havendo evento adverso, haverá a possibilidade de desenvolvimento de tecnologias nativas.

Me gusta
bottom of page